A Rede Social mais Usada e as Tendências para 2023
O Instagram e Suas Novidades
Todos os usuários já sabem, ou pelas notícias ou pela experiência, que no final de julho o CEO Adam Mosseri anunciou atualizações e mudanças no Instagram. O vídeo postado em seu twitter - que parecia ser uma resposta a uma repercussão negativa, mas, explicado posteriormente que não - trazia informações de grandes mudanças e o rumo que o aplicativo teria. Esperei um pouco mais para ver se alguma outra novidade aterrorizante surgiria, mas ainda não surgiu (graças ao bom Deus!), e o que Mosseri falou vem acontecendo mesmo.
Novidades Amargas
Tik Tok Algoz?
Metamorfose Ambulante
- Alcance - A principal mudança, e a mais criticada, está relacionada ao alcance das postagens. Assim, se você postar uma foto e um vídeo, o vídeo terá um alcance maior do que a foto (eu testei). Ou seja, ele chega a mais pessoas. É comum que os profissionais da área se sintam prejudicados pela diminuição do alcance, mas é errado associar isso a uma suposta má vontade ou má-fé dos canais de mídia; há incontáveis variáveis que reduzem o alcance das publicações, entre elas a quantidade cada vez mais crescente de conteúdos que é veiculada diariamente nas redes sociais, e a forma como os conteúdos são distribuídos: o cálculo por relevância. De forma ilustrativa, o seu conteúdo terá um crescimento de alcance proporcional à quantidade de interações que ele recebe, logo, quanto menos interações você tiver, menor será o seu alcance, e quanto mais outros conteúdos concorrentes conquistarem a atenção do usuário para quem você poderia aparecer, pior para o alcance do seu conteúdo, que vai ficando para trás. Ou seja, entre um vídeo ruim e uma imagem boa, prefira a imagem, especialmente se ela gera mais engajamento. Mas, se o seu reels for no mínimo razoável, aí, é melhor o vídeo mesmo.
- Recomendações Orgânicas - Agora também, o Instagram passou a recomendar postagens que não fazem parte das pessoas que você segue. Ele busca conteúdo semelhante ao que você curte em outras contas pelo mundo, e organicamente recomenda. E a sua postagem? Ela também pode ser recomendada, especialmente se ela teve engajamento e alcance (e se for vídeo).
- Mais Vídeos - Reels e Storie ganham importância. Foi liberado nessa semana o storie de 60 seg., e o Reels ganha novas funcionalidades que antes havia apenas no storie. Quem produz mais vídeos é mais premiado, e o Insta está mostrando mais vídeos mesmo (reels reinam no feed).
Tendências e Implicações
As Mudanças No Trade Marketing
Em 2019 tive uma experiência muito positiva em consultoria para ampliar o marketing share de uma multinacional na área de ferramentaria para o interior do estado de Goiás. Fiz os diagnósticos necessários, pesquisas e tudo como manda o figurino. Contudo, ao visitar alguns revendedores da marca, percebi que os ponto de vendas não se utilizavam corretamente dos itens oferecidos pelo trade marketing da indústria. Esse era apenas um dos motivos da baixa participação no mercado, porém, foi algo que chamou a atenção.
Com algumas ações desenvolvendo projetos para a correta utilização dos itens, conseguimos aumentar bastante esse share e criar um maior envolvimento dos clientes com os lojistas e a marca.
A pandemia chegou, as lojas fecharam as portas por um tempo, e muitos diziam que o varejo iria migrar de vez apenas para o digital. De fato, houve um aumento significativo, mas, essa afirmação era um grande exagero. Lá em 2019, o comércio digital representava apenas 5% do faturamento do varejo no país, já em 2021 essa taxa chegou a 11,6% - dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).
Com essa migração, percebemos muitas lojas físicas mudando a forma de se relacionar com os clientes, outras tornando-se híbridas e outras migrando de vez para o digital. Dessa forma, percebemos que uma ressignificação no trade está acontecendo nos pontos de venda físicos. Por exemplo, uma das estratégias apontadas na consultoria de 2019 foi criar eventos para experimentação dos produtos na loja, ao invés de apenas colocar um banner informativo. Incentivar o lojista a criar um relacionamento maior com o cliente e saber como ele está utilizando o produto adquirido. Proporcionar ao cliente final um canal de comunicação direto com o fabricante para tirar dúvidas. Ou seja, o trade mkt está passando de algo apenas visual para o relacional.
As lojas híbridas e totalmente online já começam a buscar o entendimento profundo do consumidor, insights, design de toda a jornada de compra. Entender melhor o cliente e suas necessidades, através dos canais de atendimento, de uma forma realmente mais eficaz, que chegue até a outra ponta, a produção. Ou seja, entendendo esse caminho de compra do cliente, o trade mkt pode se valer de elementos mais eficazes, tanto de comunicação, quanto de experiência do cliente. Óbvio que isso gera mais economia e assertividade. Enfim, parece que estamos vivenciando um trade marketing digital, que impacta tanto no PDV quanto no e-commerce.
Trabalhando hoje com uma empresa no ramo da educação, já percebi essa mudança. O departamento de trade mkt da franquia já trabalha todo o visual até de datas comemorativas, como o Dia das Mães, de forma digital. Antes, era algo limitado a fachada, manual de identidade e recepção. Então, a gente percebe que está dando muito certo, quando vemos pais e alunos compartilhando esses conteúdos.
Portanto, essas mudanças no trade marketing são muito bem vindas. Que cada vez mais coloquem de fato o cliente e a experiência dele com a marca no foco. A pergunta que fica, porque isso não veio antes? Parece que havia uma relutância de mudar um modelo pronto, onde banners, bandeirolas, adesivos e plaquinhas, pareciam ser a única solução para se comunicar aos clientes. (Apesar que sempre gostei de bandeirolas).
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